Em mais uma de muitas leituras sobre Modelos Corporativos de TI para ERP chamou a atenção o ainda recorrente dilema: modelo local ou global para sustentar os negócios de empresas com uma amplitude geográfica e\ou de segmentos distintos?
A unificação de processos e práticas traz inúmeros benefícios por si só e em contrapartida consiste em um tremendo esforço e risco de ampla adoção. Associar isto as aplicações pode alavancar os ganhos pela concretização das melhorias nas atividades reais cotidianas, atualmente em larga escala suportadas pelos sistemas. Mas é fato que este passo necessita um esforço ainda maior e uma governança singularmente eficaz para conduzir a mudança dentro da estratégia e benefícios traçados.
Simplificando poderíamos considerar 3 vertentes:
- Modelo
Global de Gestão de Processos e Melhores Práticas de Negócio: viés preponderante de
excelência de negócios, colaboração e gestão de conhecimento com ganhos
relativos à melhoria contínua de processos em aspectos como produtividade,
padronização, âncora de programa de qualidade, sustentabilidade e
redução de custos;
- Modelo
Global de Infraestrutura de Tecnologia da Informação e Telecomunicações: viés preponderante de
eficiência operacional de TI, capacidade de implementar mais segura e
rapidamente soluções de infra-estrutura da tecnologia da informação e
telecomunicações onde terceirização, virtualização,
mobilidade, comunicação máquina a máquina podem responder a uma melhor
relação de ativos e custo x nível de serviços;
- Modelo
de Aplicações e Dados Globais: modelos globais de aplicações
corporativas (exemplo ERP) tendem a ter viés de arquitetura enxuta de
aplicações e dados, um indicativo de eficiência operacional de aplicações
e infra-estrutura dedicada a ela;
Ato continuo a pergunta seria: qual o mais indicado?
A resposta pode naufragar no lugar comum do "depende do
caso...". Mas vejamos algumas considerações para não ficarmos no campo amargo
das possibilidades sem rumo.
Por mais que seja óbvio, o primeiro passo é entender o que a corporação
estácomprometida a fazer, o que busca para a sua Área de Tecnologia.
Definir com clareza uma estratégia diretamente associada a este
direcionamento e um plano (roadmap) já ajudará bastante a seleção de iniciativas, com seus diferentes graus de intensidade de impacto e as vezes até a convivência delas acolhendo os distintos modelos no tempo. Estes modelos portanto não são excludentes: poderá have uma interdependência mais saudável ao longo da transformação.
Por certo o Modelo Global de Aplicações (no caso do artigo, o ERP Global)
não pode estar na largada desta mudança. Note que mesmo as empresa que
aparentemente iniciaram por esta já praticavam uma estrutura de decisões,
indicadores e processos globais em certa medida. Contudo, pelo alto custo da
improdutividade e ampliação (melhoria contínua), em um dado momento resolveram
escolher este caminho supostamente mais garantido de padronização e um solo
consistente de processos e informações.
Logo, ter um alicerce de modelo de processos, indicadores e uma estrutura
de comando global a qual irá suportar a governança, é a fundação para a
jornada de construção.
A infraestrutura por certo virá a reboque, mas pode ser iniciada com
aquelas aplicações (baseada nas web ou nuvem) que por
natureza já se prestam a esta característica de “local independente”.
Por certo o mais hercúleo movimento será sempre o primeiro. Todavia a
consistência dos passos seguintes serão o passaporte para a sobrevivência., pois muitos modelos sofrem derrocadas se tornando regionais.
Considere que, dentre outros desafios decorrentes, estas jornadas requerem mobilização corporativa, patrocínio de uma liderança atuante e de tempo. A prática demonstra que iniciativas longas, que demoram a gerar benefícios tangíveis no mais básico do dia a dia das áreas e pessoas envolvidas, carregam uma grande de frustração e menores chances de sucesso.
Considere que, dentre outros desafios decorrentes, estas jornadas requerem mobilização corporativa, patrocínio de uma liderança atuante e de tempo. A prática demonstra que iniciativas longas, que demoram a gerar benefícios tangíveis no mais básico do dia a dia das áreas e pessoas envolvidas, carregam uma grande de frustração e menores chances de sucesso.
Logo é imperativo que deva-se considerar a obtenção de resultados em
todas as fases. Em cada uma delas, em ciclos curtos tanto quanto possível, ter
declarado qual o foco principal daquela etapa e principalmente um troféu visível para o
Negócio, não somente para a área de TI.
Certa vez em um cliente, em um programa visando as unidades comerciais, fomos questionados a abrigar uma complexidade
adicional de solução, pois era fundamental na opinião de um de seus integrantes que as
unidades globais de produção e seus requerimentos fossem contemplados. Era
justo pensar de forma mais ampla, mas o objetivo naquele momento era melhorar o
atendimento aos clientes através dos processos de vendas e distribuição.
Alongando mais o tempo da captura de ganhos e sem considerar prioritariamente aos requerimentos do mercado e do cliente do que valeria uma maior eficiência produtiva naquele momento?
Alongando mais o tempo da captura de ganhos e sem considerar prioritariamente aos requerimentos do mercado e do cliente do que valeria uma maior eficiência produtiva naquele momento?
Paulo
Novembro de 2011
Novembro de 2011
Link do artigo: (http://www.cio.com/article/694303/How_to_Achieve_Global_ERP?page=1&taxonomyId=3009)
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