Desigualdade
em lugares de extrema riqueza imediatamente nos remete a países menos
desenvolvidos ou pobres.
A Califórnia, mais rico estado americano, vem apontando, já por algum tempo, o
preocupante crescimento da desigualdade.
O que parecia ser apenas um fenômeno de gentrificação, principalmente na bay
area de San Francisco no final dos anos 90, se agravou para questões sociais
mais agudas.
O segundo maior centro financeiro dos EUA se tornou um oásis de empresas de
tecnologia, epicentro da inovação.
Poderíamos por dedução associar a este fenômeno o atual cenário. Praguejar
contra a tecnologia é uma bobagem, ela é o que toda mudança na história humana
representou. A questão é como sermos mais efetivos na sua gestão.
Convido contudo a avaliarmos melhor tratar-se de um problema inerente da
tecnologia. Ou supostamente de diversos fatores associados a natureza dos
negócios e sua evolução em um cenário liberal paradoxalmente conservador?
Talvez possamos apontar causas no enorme sucesso concentrado, liquidez
desproporcional
(dinheiro sobrando tudo fica mais caro), extrema velocidade da
mudança (despreparo) e ausência de longas cadeias dependentes, diferente das
indústrias até então existentes.
Não se deve demonizar a livre iniciativa ou clamar por intervencionismo, mas
reavaliarmos o papel da politica e do estado moderno.
Para este novo mundo precisamos, além do âmbito privado, de gestão pública
inovadora para inspirar alternativas e minimizar uma sociedade apartada e
efeitos decorrentes ainda mais danosos.
De nossa parte, como indivíduos e integrantes de empresas, nos cabe refletir
sobre como revalorizar o local. pessoas, comércio, serviços, produção e cadeias
mais curtas.
Sem xenofobia ou bairrismo provinciano, mas com equilíbrio inteligente frente a
uma ordem global agora virtual. Sem atravessarmos a esquina não chegamos
a lugar algum.
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